O desafio é a empatia em um ambiente de constante ameaça e inconsciente opressão; se todo mundo achar seu problema o centro das atenções, fica difícil o debate. Sem perceber a inconstância do espaço, a ilusão do tempo e a inevitável despedida de um mundo no qual nos afeiçoamos, acreditamos sinceramente em nossos dilemas como os grandes obstáculos à felicidade individual.
Mentira. Outras pessoas são as que tornam teus sonhos possíveis na construção de uma realidade conjunta, fluida, sempre conflituosa. Mas aprendemos que o conflito é ruim, não briguem, é culpa dessa, ruim é ele, separa a briga tranca o corpo indeniza bolso; finge que nada aconteceu.
Impossível. Aconteceu causa efeito aconteceu mundo aconteceu, não volta mais. É preciso lidar com o presente, mesmo com seus obstáculos. É preciso entender o ônus da existência, a tragédia humana em seu cotidiano, no ato ordinário, no semblante ignorado das letras jamais escritas.
O problema é de cada um, o meu o seu, situados historicamente e projetados em um futuro sempre incerto, margeando erro. Avançar denota pausa, reflexão; então andamos. Juntxs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário